sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perdidos na Cidade -16/05/09

Melhor contar algo de bom que tenha acontecido esses dias. Revendo meu post anterior e os comentários deixados, quero antes de mais nada agradecer ao pessoal que comentou. Vcs não sabem como me dão forças e como me colocam nos eixos. Certas pessoas do flog que queria conversar não estou tendo a sorte de encontrar no msn é que, além de estar entrando pouco eu opto por acessar a net mais á noite pois assim na maioria das vezes encontro alguém com quem conversar.Semana retrasada, meus pais tiveram a brilhante ( dessa vez sem ironia) de ir na Virada Cultural de São Paulo.

Claro que, ao ter a chance de ir para o centro da cidade, eu não pensei duas vezes em falar com o pessoal, pois já sabia faz tempo que eles iriam para lá. E meus pais toparam em me deixar ficar com o pessoal quando chegássemos.Bom, para meu alívio o chato do meu irmão ficou na casa dos meus avós e meus pais quiseram ir pra Virada no fim da tarde, comçeo da noite porque haveria algumas coisas que eles iriam ver ( teatros se não me engano). Eu não achei problema algum porque o pessoal ia estar lá á noite e ...caramba era a noite, centro da cidade com amigos, visual gótico, confere?Fiz as pazes com o Mel. Á bem da verdade, ele me cumprimentou e conversou comigo de boa como se a discussão que tivemos no msn não fosse nada. Mas mesmo assim pedi desculpas porque não gosto de ficar assim, emburrada com aqueles que acho pessoas legais.Não chegamos á ver nenhuma apresentação, acreditam?

Tipo, a Amy, o Johnny, a Sarah e o Mel tinham pegado o panfleto contendo os horários de todos os eventos e a gente ficou uma meia hora em frente do Teatro Municipal tentando decidir pra onde ia, porque cada um queria ir pra um lado.Até que o Miguel sugeriu que fôssemos para uma balada gótica que começaria ás dez da noite e ficar por lá até o dia seguinte. Nossa, eu ia aceitar de boa mas havia combinado de encontrar meus pais lá pelas onze porque jamais que eles me deixariam virar a noite e todas aquelas baboseiras.Como eu não podia ir, o pessoal desistiu da idéia. Tipo, eu até gostei do pessoal ter se compadecido da minha situação. O único do grupo que não estava lá quando cheguei era o Jared. A Sarah disse que ele iria sair do trabalho e vir pra cá, provavelmente iria chegar mais tarde porque o sistema de trem e metrô é uma coisa demorada.Fiquei chateada.

Okey, eu queria muito ver todo mundo de novo mas claro que minha prioridade era ver o Jared. Mesmo que não role nada entre nós..ele é bonito de se olhar e uma pessoa muito legal de se conversar.Bom, como não havia nenhuma programação que valesse á pena ver, resolvemos andar pela cidade. Passamos rapidinho na Galeria do Rock, mas como era fim de tarde já tava quase tudo fechando então lá foi um bando de pessoas conversando e rindo sem parar pelas ruas do centro da cidade.Cara, vou contar. Foi a primeira vez em toda a minha vida que realmente me senti integrada á alguma coisa. Realmente estava integrada em um grupo.Acho que vale á pena dizer aqui que as ruas do centro de São Paulo á noite são bonitas mas também dão medo. Tipo, tem muita gente estranha por lá, mendingos e a cidade é bem suja.

Quando expliquei pro pessoal que lá no Sul onde eu vivia não tinha isso o pessoal falou de forma bem humorada que era por essas coisas bizarras que SP era legal e, nas palavras filosóficas da Amy, "underground".Depois de um tempo, o Jared ligou para a Monique ( queria que ele tivesse ligado pra mim mas...) dizendo que tinha chegado, estava esperando ser buscado na estação de metrô e que era pra comprarem algo pra ele comer.Então lá fomos nós em direção ao metrô. Paramos numa lanchonete, a Monique e a Larissa compraram um salgadinho e um refrigerante e encontramos o Jared.

Fazia tempo que não via ele com jeans e talz mas devo dizer que ele fica lindo vestido de qualquer jeito. O Johnny e o Cristian começaram a zoar ele, o chamando de folgado por terem que comprar coisa pra ele comer e demos muita risada ali na estação.O Miguel (de novo) queria ir pra uma outra balada que iria ter em outro lugar e deveriamos pegar o metrô porque ele tinha bilhete único. Mas novamente a Sarah cortou o barato dele.Uma coisa que me deixou vermelha foi que quando me cumprimentou, o Jared me deu um selinho meio descarado. Fiquei meio sem graça, mas ele me abraçou dizendo que tava com saudades. Nossa, acho que devo ter ficado vermelha que nem um pimentão.Resolvemos voltar para o centro e sei lá, procurar algo pra fazer ou ir em algum boteco (sugestão do Johnny, novidade).

Eu não fiquei muito á fim de buteco porque bebida alcoolica, garota que não bebe..confere?Já era noite e, mesmo com as luzes da cidade tava um pouco escuro. Eu gostei, porque sei lá, eu me identifico muito mais com a noite, tava uma temperatura deliciosa, o pessoal tava com "a corda toda"A gente andou pra caramba, em uns lugares bem diferentes e, quando eu comecei a sentir meus pés doerem por causa do coturno ( é, dessa vez eu fiz um visual gótico) o Johnny parou do nada e encarou todo mundo dizendo:- Pra onde a gente tá indo?

Pronto. O Cristian virou indignado pra ele dizendo: - Estamos seguindo você!
- Mas eu não sei pra onde estou indo! Eu estou seguindo vocês! - o Johnny respondeu.

Ai todo mundo começou a dar risada, fingir indignação e etc. O Cristian começou a xingar o Johnny com todos os palavrões possíveis e o Johnny fazia a mesma coisa ( de brincadeira), a Amy dizia que se ela sofresse algum tipo de violência urbana iria capar o Johnny; o Miguel, sem noção como é, falou que a gente devia pedir informação pra algum mendingo pois eles morando na rua deveriam saber informar; a Sarah só dava risada; o Jared sentou na calçada ( como ele teve coragem de sentar no chão imundo eu não sei) dizendo que iria esperar ser preso por vadiagem porque se fosse levado pra delegacia saberia onde estava.Enfim o pessoal começou a fazer um fuzuê de brincadeira ali que vou contar...acho que nunca dei tanta risada na minha vida.

Mas quando a Monique pediu pra gente calar a boca porque tinha pessoas esquisitas olhando pra nós (e tinha mesmo), resolvemos continuar andando e xingando o Johnny (coisa que o Cristian fazia). Pior foi quando meu pai ligou pra perguntar se tava tudo bem. Eu falei que sim e menti que estava num outro lugar (chão ia falar para o meu pai que estava perdida com o pessoal no meio do centro da cidade).Continuamos andando sem destino algum e eu fiquei preocupada mas não disse nada.

Aí, do nada a Larissa tirou uma câmera digital do bolso e o pessoal começou a tirar fotos zoando pela cidade. Foi muito divertido. Os rapazes jogaram o Johnny no chão, no meio da rua e fingiam estar batendo nele por ter feito todos se perderem. No caminho eu perguntei pra Sarah se ela não se incomodava do pessoal brincar com o Johnny assim ( ele quase nem consegue falar com ela quando está com o pessoal) e ela me disse que não se importa. Quando estão com o pessoal eles se comportam como amigos e só quando estão sozinhos se comportam como namorados. Até porque quando conheceu o Johnny ele era desse jeito e não quer que ele mude.Achei isso muito legal. A Larissa é do tipo de pessoa que só bate fotos quando ninguém está olhando então vira e mexe sai umas coisas absurdas. Ela até tirou foto de um mendingo que praticamente fizera uma cama com cabeceira de papelão pra dormir!

Vimos então, um buteco e o Johnny e o Mel quiseram entrar lá. Era um buteco pequeno, com uns bêbados e todo mundo acabou sentando numa das mesas. Achei aquilo muito bizarro. O Jared perguntou pro dono do bar onde estávamos e o pessoal concluiu que estava pertinho do teatro, de modo que eu fiquei mais calma, tipo estávamos na rua de trás.Enquanto o Johnny, a Sarah, o Mel, a Amy, o Cris e a Larissa bebiam alguma coisa, resolvemos ver de novo os panfletos da Virada. O pessoal acabou decidindo que ia ver uma sessão de filmes de terror Trash (eu queria muito ver isso mas seria muito tarde) e ia varar a noite em algum lugar ( para alegria do Miguel iam numa balada que ele queria ir)e depois de manhã iam num show "pancada" de bandas nacionais. O Cristian e o Mel exclamaram empolgados que iam "pogar" e meter porrada.Perguntei pra Amy o que era e aí todo mundo disse que os dois quando vão num show de bandas nacionais se juntam com uns colegas deles, ficam na faixa e saem estapeando o povo que empurrar eles.

Como eu não entendia nada, o Mel explicou que era coisa de "show punk". Cara, o Mel ás vezes me assusta.Quando o Johnny tentou dizer que isso era furada, a Sarah começou a zoar falando que ele fazia a mesma coisa anos atrás. Ai pronto. Todo mundo começou a zoar os foras que o Johnny já tinha dado e ele só repetia "cês são mó sem graça". O pessoal só parou quando pegamos o Cristian e a Amy se beijando.Todo mundo começou a assoviar, zoar ( menos eu) e foi engraçado quando ela e o Cris, sem parar de se beijar, mostraram o dedo pro pessoal na zoação.( a Larissa bateu essa foto e posso dizer que ficou show)Só que a gente fez tanta barulheira que o dono do bar mandou a gente ir embora. Sério! Foi isso mesmo!!! Ele pediu com educação, claro e a gente saiu. Mas cara, foi impagável.

Ai sem outra alternativa voltamos pro teatro municipal, ainda bem porque era quase a hora de eu encontrar meus pais para irmos embora. Quando chegamos meus pais já estavam me esperando e me despedi do pessoal.Nossa eu me diverti horrores e agora sempre que estou me sentindo mal fico me lembrando disso. Eu não pensei que ficaria tão cansada mas vim dormindo no carro. ps; essa foto foi a Larissa que tirou sem eu perceber.Acho que foi numa das muitas horas que o pessoal tava falando alguma coisa engraçada.

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