sexta-feira, 13 de maio de 2011

Passeio no Cemitério - parte 3

Era noite de lua cheia, de modo que estava claro e com ajuda de duas lanternas não tinhámos dificuldades em nos loclaizar no cemitério. Como eu disse, não sou nem um pouco religiosa e muito menos supersticiosa mas devo confessar que senti um pouco de medo de estar ali. Eu mesma não consegui entender por que senti isso pois sempre gostei de coisas assustadoras desse tipo e estava no lugar com um monte de gente. Talvez eu tenha sentido isso porque a Peorth estava tão assustada que ficava olhando pra lá e pra cá segurando no braço do Itachi, coisa que eu achei patético. E ver isso me deu vontade de mostrar pra todos e principalmente pro Itachi que eu não sou o tipo de garota medrosa.



Além do mais, estávamos lá porque eu consegui despertar o interesse do pessoal ao revelar minha vontade de frequentar um cemitério á noite, de modo que eu não iria mostrar algum arrependimento, confere?

Por sugestão do Itachi resolvemos ficar no corredor do cmeitéiro que ficava exatamente na direção de onde haviámos pulado. Assim, não iriamos correr o risco de se perder e tentar sair por um lugar mais difícil. Mas por precaução e devido ao mal senso de direção de todos nós, o Itachi deixou a escada no mesmo lugar.

Para quem não sabe e portanto não tire conclusões precipitadas, quero deixar claro que não somos vãndalos e não apreciamos nem fazemos esse tipo de coisa (um arame cortado não conta) e nem invadimos nada pois o cemitério é um lugar público e não propriedade privada. Escrevo isso em nome de todos os meus amigos e respeitamos os mortos, sim. Tanto é que andamos um pouco até achar um túmulo grande de concreto e mármore totalmente abandonado e sem nada, para que pude´ssemos ficar e pensar no que fazer.

- Nós estamos num cemitério e agora são quase dez horas. O que os góticos como voce fazem agora, Cassie?



Eu ia responder á pergunta do Mello de uma forma não muito agradável, mas me controlei. Respondi que essa era a primeira vez que eu vinha e não sabia, mas já tinha lido e ouvido várias coisas e acabamos optando por nos acomodar em cima do túmulo para ouvir música com a Rosette comentando que se era pra vir fazer isso, então poderíamos ficar em casa.

A Rosette e a maioria das pessoas podem até ter razão quanto á isso mas deixa eu dizer que para gente assim como eu, ouvir música gótica (como Diva Destruction, Bauhaus The 69 Eyes, London After Midnigth, Switchblade Simphony, Diary of Dreams, Korn e semelhantes) á noite em céu aberto em um lugar silencioso e completamente lúgrubre causa uma sensação de relaxamento e bem-estar que eu nem sei como explicar, mas ue para mim foi um aprendizado sobre a subcultura á qual pertenço.

Bom, mas voltando á situação, a Re-L era a única em pe no túmulo porque ela se recusava a se sentar alegando que o lugar é muito sujo mesmo a gente tendo colocado uma grande colcha cor de vinho que o Kamui tinha descolado no depósito da casa dele (faz necessário comentar que a colcha estava com um cheiro de naftalina infernal, sorte que estávamos em céu aberto). Mas mesmo assim a Re-L só sentou no colo do Mello.

É, vocês também devem achar estranho essa relação da Re-L com o Mello mas curiosamente, mesmo com tantas evidências, eles nunca admitiram que estão ficando ou coisa assim. Tirando aquela vez que eu e o Kamui os vimos se beijando no AF, nunca rolou mais nada, caso contrário saberiamos e eles não teriam por que esconder também. Mas o tempo todo que estávamos lá no cemitério, os dois conversaram normalmente mas duas ou três vezes eu percebi que ocasionalmente acariciavam um ao outro de forma meio que discreta, mas do tipo que nós, que convivemos com eles quase todos os dias, já estamos habituados. É por isso que eu falo que entre os dois não há espaço para mais ninguém.



Bom, mas retomando a história, mesmo a noite estando clara, nós só tinhámos três lanternas e, com o intuito de deixar o lugar mais, como posso dizer, atrativo, eu havia trago algumas velas de casa na minha bolsa de caveiras e resolvi acendê-las com a aprovação do pessoal. Acendi elas com o isqueiro do Kamui e coloquei as velas encima, no que seria a "cabeceira" da lápide. Quando terminei, por eu estar sentada no túmulo com as pernas esticadas e as costas apoiadas na lápide, todo mundo ficou me olhando em silêncio por alguns segundos. Isso me foi um pouco estranho á princípio, mas agora creio que o pessoal ficou surpreso ou sei lá, admirado comigo. Ou talvez me acharam uma completa esquisita.

Como eu tinha trago MP4 e o celular da Peorth é próprio pra ouvir música, ficamos lá conversando sobre filmes de terror ao som daquelas bandas que mencionei antes. Não demorou para que o Enishi tirasse da mochila as garrafas de plástico onde ele e o Mello engenhosamente tinham colocado bebida. Havia só umas duas latinhas de cerveja e o resto era vinho. O Mello quase nem bebeu, afinal ele tinha consciência de que iria dirigir. A Peorth bebeu só uns golinhos, começou a sentir o cemitério rodar e nós não deixamos que ela bebesse mais nada.

Vinho é a única bebida alcoólica que eu realmente aprecio, de modo que eu não poderia deixar de beber um pouco. Tá, eu confesso, bebi meia garrafa mas não fiquei embriagada. As gargalhadas e ataques de riso que eu tive foi por causa do pessoal já que ninguém ficava quieto e só falava e fazia coisas hilárias.

O Kamui era o que estava mais supostamente, "chapado". Quando ele estava de pé com uma garrafa na mão e um cigarro na outra, desmunhecando todo para alegar que não estava bêbado, a Re-L mandou então ele seguir na mesma direção de uma fenda no chão. Ele não conseguiu andar alegando que não conseguia enxergar a tal fenda mesmo a Rosette iluminando com a lanterna.



- Sinceramente esse lugar á noite dá muito medo.

Ninguém contestou o comentário do Itachi quando ficamos quieto e olhamos ao redor. Não sei por que mas eu comecei a contar uma hisrtória que meus avós falavam sobre espíritos em cemitérios que no fim deixou todo mundo assustado. Mas, além de não acreditarmos nisso, a bebida fez a conversa sem-noção retornar. De repente, do nada, a Peorth deu um grito e o Kamui fez o mesmo sem saber por quê.

Mas logo descobrimos. Tinha uma barata gigantesca na lápide, á poucos centímetros da minha cabeça. Eu dei um pulo, saltei sobre o Itachi enquanto todas as meninas gritavam, a Re-L pedindo desesperadamente que alguém matasse o bicho. A barata era muito rápida, o Enishi caiu um tombo quando tentou esmagar a barata na lápide com o pé. Sendo perseguida pela lanterna da Rosette, a barata voou pra cima da gente e todo mundo correu destrambelhado pelo cemitério.

Pensando agora, como nós pudemos fugir de uma barata?

Depois desse episódio, decidimos ir embora, afinal o tempo passou rápido e já eram quase duas da manhã. Voltamos ao túmulo para pegar nossas ocisas, exceto a colcha naftalina do Kamui. Ele até queria levar de volta mas a Re-L falou que já estava tão impregnada com bactérias tumulares que nem dedetização iria limpar a colcha.



Após eu apagar as velas, pegamos o cmainho de volta para o muro com a Peorth e a Rosette temendo que outra barata atacasse e o Kamui vira e mexe tropeçava em algo. Devo dizer que fazer o caminho de volta foi mais fácil do que o de ida. Primeiro foram o Mello e o Enishi que, ficando já do lado da rua, iam ajudar as meninas a descerem.

Quando a Rosette e a Re-L passaram, foi a vez do Kamui(que ficou, literalmente, encima do muro para passar as mochilas). A Peorth foi em seguida e eu não controlei o riso quando ouvi, do outro lado do muro, ela gritar seguindo de um estrondo e xingos. Descobrir que ela quis descer direto do muro para o chão em vez de passar pela árvore porque o Enishi garantiu que aguentaria segurá-la, mas não teve forças e os dois caíram sentados na calçada.

Eu já estava para subir na escada quando o Itachi perguntou se eu tinha gostado do passeio bizarro. Respondi que sim, ficando agradecida por todo mundo ter topado. Ele falou que "fui eu que pesquisei o cemitério e abri caminho para entrar, portanto deveria receber um agradecimento melhor". Eu perguntei o que ele queria dizer mas o Itachi só ficou me olhando de um jeito...bem, voces sabem.

Tá, eu fiquei surpresa, nervosa e constrangida com aquilo porque, sério, eu não acredito que o Itachi jogaria uma indireta dessas e eu sou tão besta que falei que o pessoal tava esperando e tratei logo de subir a escada e pular para a árvore. De lá, o Mello me ajudou a descer me segurando pela cintura e fiquei aliviada quando cheguei ao chão.



Enquanto o Itachi ficava no muro entregando a escada e depois descendo, eu notei que as ruas eestavam totalmente silenciosas de madrugada e chegamos até que rápido no carro. A volta pra casa da Rosette ocorreu sem problemas e quando chegamos na casa, estávamos tão cansados que arrumamos os colchões nos quartos (os meninos em um quarto e as meninas em outro) e praticamente capotamos de sono.

E assim terminou essa aventura no cemitério, algo que eu adorei fazer e jamais vou esquecer.

6 comentários:

Eduardo disse...

Que legal o passeio! Deve ter sido muito legal... Quase morri de rir na hora da barata, acabou quebrando o clima do passeio :(
Mas deve ter sido muito legal! Curti mesmo ler essa "saga" XD

Tsu disse...

Cassie amiga!!!!
Sim..eu acho que das kunoichis vc parece mesmo com a Hinata! Agora nãoexiste nenhuma kunoichi que se pareça comigo...bom só no quesito personalidade aí eu fico entre a Temari e a Konan.
Quanto á Ino eu acho que ela não foi bem aproveitada pelo Kishimoto...eu não gosto é da TenTen. E por alguma razão desconhecida curto um pouco a Karin. A Hinata eu só comecei a gostar depois que ela luta com o Pein e se declara para o Naruto...
Olha eu adoooorei a sua saga no cemitério mas vou comentar em casa com calma porque meu comment vai ficar imenso!!!! Mas játo comentando rs.
Eu simplesmente ri muito na cena de pular o muro e da barata psicótica, isso sem falar do Kamui bebaço hohohoh...ele não enxerga linhas e fala que não tem linhas. Fez com queeu lembrasse do meu amigo Spike......e trate de ir me explicando o que foi aquela reação do Itachi menina!!!!!! Vc deveria ter aproveitado =p

Tsu disse...

Cassie \o/
Bom, pelo menos eu encontrei mais aluém que curte a Karin =) Eu também não sou muito fã da

Anko mas tem momentos que até simpatizo com ela. E eu queria muito que a Kurenai tivesse

sido melhor aproveitada. Adoro seus comentários....fico esperando quando vc irá atualziar o

blog. Ah se você quiser encontrar mais pessoas do seu jeito, com lbogs parecidos, eu

descobri vários em espanhol...posso te passar os links.

Autumn disse...

Oioi, Cassie!
Tentei comentar no seu post anterior, mas o Blogger havia dado problema x-x
Assim como a Tsu, também amei a sua saga no cemitério, um lugar que sempre tive curiosidade de visitar. Sabe, a maneira como você escreve deixa os fatos muitíssimo interessantes. Já pensou em escrever um livro? Você se daria muito bem e pode deixar que eu com certeza compraria. Aliás, você me lembra muito a Raven de Vampire Kisses, por alguma razão. Espero ansiosa o próximo post!

Aliás, estou lhe seguindo no Twitter (:
Até mais ^^

Eduardo disse...

Oi Cassie!
Tem um selo no blog, passa lá e pega pra você :D

Enrique Coimbra disse...

Cara, que maneiro! Eu tô com essa vontade, não de ir à noite (apesar de parecer bastante divertido se todo mundo estiver bebendo, mas como eu parei de beber...), mas de ir à tarde pra tirar umas fotos. Ultimamente tenho me decepcionado tanto com as pessoas que eu preciso de um local assim, vazio, calmo. Nem vou dizer que preciso estar com os "mortos", mas só preciso da magia que um lugar desse traz pra nossa cabeça. Bem, eu IMAGINO que traga, já que nunca entrei em um. Vou levar música, um par de bons amigos e fotografar-nos entre as lápides, as árvores e todo aquele clima de extrema arte que é o local de descanso de corpos. Muito cool.