Refúgio Negro

Eu sempre pense ique todos (inclusive eu) me considerassem uma péssima conselheira e ouvinte devido ao meu jeito e possível incapacidade de manter certos segredos sobre determinadas coisas mas parece que eu estava enganada 9ou me recusava acreditar nisso devido á problemas do passado). Essa semana eu tive que ser uma conselheira e principalmente ouvinte de certas pessoas e isso seguiu-se a semana inteira. E eu me senti, em alguns momentos, uma cabine de confessionário do tipo que existe nas igrejas, pelo que acabei ouvindo e descobrindo. Por que essas pessoas escolheram á mim para revelar tais coisas e desabafar, eu não sei, mas procurei fazer o que podia para ajudar. Afinal, são pessoas de quem eu gosto, confere?

A primeira a começar com isso foi a Re-L. Como eu já suspeitava de que aquela noite em que todos mundo dormiu na casa da Rosette tinha rolado algo entre ela e o Mello no teor da madrugada, ela mesmo me confidenciou que tinha acontecido aquilo. De modo que quando ela me contou eu tive de fingir uma surpresa um pouco maior do que o normal, afinal eu não ia revelar que tinha acordado no meio da noite e visto algo suspeito. Ela me contou o caso essa semana quando fui ao apartamento dela pra fazer um trabalho de escola, falando que eu era a única pessoa com que mela poderia desabafar (afinal não tem muita intimidade com a Peorth e a Rosette é a irmã do Mello). E também porque ela confia em mim e ponto.

Eu achei isso legal da parte dela por me contar e talz mas confessou que tanto ela quanto o Mello combinaram de não firmar qualquer namoro por enquanto. Bom, mas o caso é que a Re-L estava nervosa porque desde que haviam ficado ela achava que tinha acontecido uma certa coisa...eu dei uma bronca nela, mesmo a Re-L jurando que tomara todas as provid~encias necessárias e talz..mas para seu alívio, a natureza provou que toda a ansiedade e medo dela foi apenas um engano e tudo estava na paz.

A segunda pessoa que eu tive de ser conselheira foi a Amy. Claro que a situação dela é mais complicada porque ela e o Cris estão se vendo pouco e a família anda meio que evitando que eles saiam juntos. Tipo, a mãe da Amy e as tias sempre acabam discutindo quando a Amy fala que vai em algum rol~e com o Cris alegando que assim ela nunca vai arranjar um namorado, que ela tinha de ter maigas para sair e etc. A Amy falou para mim que agora que o grupo se desfez, ela não tem praticamente nenhuma amiga exceto eu. Combinamos de marcar algo para que ela possa se encontrar sossegada com o Cris.

Outra pessoa que também veio desabafar comigo mas dessa vez sobre problemas no local de trabalho foi o Itachi. Ele anda de saco cheio, a supervisora dele vive o criticando por mais que ele se esforce, tem gente que fica fazendo sua caveira e ele tem vontade de sair do emprego porque odeia o que faz mas precisa do trampo pois o dinheiro o ajuda nas despesas da família e evita uma boa árte das discussões e pressões da familia sobre ele.

Até am inha mãe veio desabafar comigo essa semana. Contando não só alguns problemas que andamos passando financeiramente, mas dizendo que deveriámos ser um pouco mais próximas e que não havia a necessidade de eu querer, tipo, ficar reclusa no meu mundinho e etc. Tive que explicar para ela que o fato de eu ser do jeito que sou não quer dizer que eu tenha algum tipo de problema e talz. Bom, pelo menos parece que ela entendeu isso e não me pressionou como costumava fazer antes.

Para finlaizar, essa semana ouvindo desabafos alheios eu ainda tive que animar a Rosette no msn, a encorajando porque ela estava comp roblemas com os irmãos e sentindo aquela dor que acaba com ela por saudade dos pais.

Eu não acho ruim de ouvir os desabafos das pessoas que são importantes para mim e tento ajudá-los e apoiá-los da melhor maneira que posso, mas não sei se isso é o suficiente para retribuir o fato de eu gostar que eles confiem em mim.